Gênero e mal-estar no trabalho

Autores

  • Régine Bercot Université Paris 8 – Centro de Pesquisa Sociológica e Política de Paris- GTM (Groupe Technique Multipartite – Grupo Técnico Multipartidário) e MOS (Management des Organisations de Santé – Gestão de Organizações da Saúde) – EHESP (École des Hautes Études en Santé Publique – Escola de Altos Estudos em Saúde Pública)

Resumo

Este artigo é produto de uma reflexão epistemológica. Sendo poucos os trabalhos que  permitem esclarecer o impacto de pertencimento a um gênero nos riscos de deterioração da saúde no ambiente do trabalho, pretendemos descrever aqui reflexões relacionadas com mudanças no âmbito de um seminário de pesquisa. Podemos vincular o mal-estar experimentado e as desigualdades das quais são vítimas as mulheres sem que os atores o percebam  e  pertençam a um gênero. Isso devido a uma notória invisibilidade das características desse mal-estar e de suas causas, pois surgem como algo natural ou estão vinculadas a escolhas ou incapacidades das mulheres, sendo que a origem está nas formas de organização do trabalho e relações construídas com base na socialização entre homens e mulheres diferentes. A questão da abordagem metodológica é, ao mesmo tempo, crucial e difícil, pois a variável explicativa do gênero está associada a diversas outras.

Publicado

2015-06-16