Uma educação popular para uma economia popular e solidária
Resumo
Em 2009, em sua introdução ao livro Economia solidária como práxis pedagógica, do professor Moacir Gadotti, Paul Singer definia a profunda ligação entre a educação popular e a economia solidária. Para Singer, esse vínculo decorre de que a economia solidária
(...) se apoia em novos valores que, aplicados a atividades econômicas, exigem a invenção de novas práticas, que cabe à educação popular difundir entre aqueles que a peculiar dinâmica do capitalismo exclui do espaço econômico que ele domina.[1]
Paul Singer foi secretário da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes) desde sua criação em 2003 até o fim do segundo governo Dilma, encerrado pelo golpe consumado em agosto de 2016. Nesse período em que ficou à frente da Senaes, foram realizadas três Conferências Nacionais de Economia Solidária[2] (CONAES), nas quais o debate sobre o tipo de educação a ser praticada para e pelo movimento da economia solidária teria papel central nas definições e proposições dessas conferências.
[1] GADOTTI, M. Economia solidária como práxis pedagógica. São Paulo: Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, 2009. p. 10.
[2] Realizadas em Brasília. A primeira conferência nacional de Economia Solidária ocorreu em junho de 2006; a segunda CONAES ocorreu em junho de 2010 e a terceira em novembro de 2014.