As relações de trabalho na educação infantil: potencialidades e desafios para a luta sindical na tríade classe-raça-gênero a partir das revelações do Movimento Somos Todas Professoras

Autores

Resumo

O presente ensaio busca chamar a atenção quanto à importância do sindicalismo incorporar para suas lutas o que tem sido revelado pelo Movimento Somos Todas Professoras, ou seja, o profundo desrespeito à devida estruturação funcional da educação infantil, por meio de chancelas institucionais que reproduzem a desvalorização do trabalho de mulheres na primeira infância. Apoiando-se na luta histórica pelo reconhecimento da função docente de quem trabalha com as crianças pequenas, bem como na busca por efetivar o preceito de que a educação infantil é a primeira etapa da educação básica, e, ainda, compreendendo a importância dessa articulação com mulheres trabalhadoras, há uma oportunidade para o sindicalismo brasileiro contemporâneo resgatar uma atuação decisiva nas cidades, por meio da valorização do ambiente de trabalho nas creches e pré-escolas, a caracterização de suas atribuições e a capacidade de organização para a disputa política em defesa das políticas públicas.

Biografia do Autor

  • Alexandre Tortorella Mandl, Unicamp

    Alexandre Tortorella Mandl

    Contato: alexandremandl@gmail.com e (19)981296637

    Doutorando pela Instituto de Filosofia e Ciências Humanas.

    Vínculo institucional: UNICAMP (Bolsista CAPES).

    Orientação: Márcia de Paula Leite. Coorientação: Liliane Bordignon de Souza.

    ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8307-9441

    Lattes: http://lattes.cnpq.br/0015876086759970

    Mestre em Desenvolvimento Econômico pelo Instituto de Economia da Unicamp, na área de Economia Social e do Trabalho, com orientação de José Dari Krein (2014).

    Especialista em Economia do Trabalho e Sindicalismo pelo Instituto de Economia da Unicamp (2009).

    Especialista em Direito Constitucional pela Puc-Campinas (2008).

    Graduado em Direito pela Puc-Campinas (2005).

    Advogado sindical e do Movimento Somos Todas Professoras.

    Membro da Executiva da ABJD/SP (Associação Brasileira de Juristas pela Democracia).

    Coordenador do GT Trabalho do IPDMS  (Instituto de Pesquisa Direitos e Movimentos Sociais).

    Membro da RENAP (Rede Nacional de Advogad@s Populares).

    Membro da Comissão da Advocacia Popular da OAB/SP.

    Comentário: o artigo apresentado é original, e reflete parte do desenvolvimento da pesquisa realizada pelo autor durante o doutorado em andamento, bem como a partir do acúmulo de reflexões críticas da realidade brasileira e estudos acadêmicos anteriores. Além disso, é fruto de sua experiência prática como assessor jurídico nacional do Movimento Somos Todas Professoras, como advogado em dezenas de cidades como representante de comissões de educação infantil, além de advogado em dois sindicatos de servidores públicos municipais (Paulínia/SP e Indaiatuba/SP).

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Publicado

2025-05-26