Plataformização do Trabalho: Análise das Contradições e Rupturas na Era Digital
Resumo
RESUMO: Esta resenha foi produzida a partir das discussões acerca das transformações definidoras da desantropomorfização do mundo do trabalho presente no capitalismo contemporâneo, durante a disciplina Tópicos Especiais - Trabalho e Formação Humana, ministrada pela Professora Drª Marise Ramos no Programa de Pós-graduação, Políticas Públicas e Formação Humana na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. As obras de David Harvey (2017)[1] e da dupla Vitor Filgueiras e Ricardo Antunes (2020)[2] surgem como contribuições significativas para compreender as contradições e desafios atuais das tensões intrínsecas ao sistema capitalista e como es afetam a dinâmica econômica e social no mundo do trabalho. A análise das obras têm como objetivo principal discutir sobre o funcionamento do modo de produção capitalista a partir de contradições e efeitos econômicos, sociais e políticos oriundos das diversas crises que o sistema do capital tem enfrentado ao longo da história, apresentando como os autores discutem a emergência da uberização e a economia de plataformas, evidenciando o esvaziamento das relações trabalhistas e as implicações dessa nova organização do trabalho, além das possibilidades de regulação em um cenário complexo e desafiador.
Palavras-chave: Plataformização do trabalho; “Nova” organização do trabalho; Capitalismo Contemporâneo.
[1] HARVEY, David. 17 contradições e o fim do capitalismo. São Paulo, Boitempo, 2017 p.93-109.
[2] FILGUEIRAS, Vitor; ANTUNES, Ricardo. Plataformas digitais, uberização do trabalho e regulação no capitalismo contemporâneo. In: ANTUNES, Ricardo (org.). Uberização, trabalho digital e indústria 4.0. São Paulo: Boitempo, 2020, pp. 59-78.