Trabalhadoras dissidentes: marcas femininas da discriminação lgbtfóbica no trabalho

Autores

  • Pedro Augusto Gravatá Nicoli UFMG
  • Marcelo Maciel Ramos UFMG
  • Bruna Salles Carneiro UFMG
  • Henrique Figueiredo de Lima UFMG

Resumo

As normas sociais de gênero e sexualidade afetam diretamente o acesso e a permanência de pessoas LGBTQIA+ no trabalho. Com base em pesquisa empírica realizada pelo Diverso UFMG – Núcleo Jurídico de Diversidade Sexual e de Gênero, no âmbito do Observatório de Violências contra Pessoas LGBTQIA+, selecionamos oito entrevistas para análise qualitativa neste artigo. Dentre os relatos de travestis, mulheres trans, lésbicas e bissexuais, destacamos três elementos principais para a compreensão das discriminações LGBTfóbicas no trabalho. O primeiro é o próprio acesso e permanência no trabalho, sobretudo na realidade de mulheres trans e travestis. O segundo diz do silenciamento e constrangimento colocado às mulheres lésbicas e bissexuais sobre sua sexualidade, face da discriminação organizacional e da violência simbólica. O terceiro elemento é a discriminação exteriorizada por meio de zombarias mascaradas por supostas “piadinhas” e “brincadeiras” que sexualizam e violentam lésbicas e bissexuais. Constatamos que a cis-heteronormativadade e a heterossexualidade compulsória se desdobram também como dimensões do poder empregatício.

 

Biografia do Autor

  • Pedro Augusto Gravatá Nicoli, UFMG

    Doutor em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professor da Faculdade de Direito da UFMG. Professor visitante no departamento de Gênero, Sexualidade e Estudos Feministas da Duke University, nos Estados Unidos (2019-2020). Co-coordenador do Diverso UFMG – Núcleo Jurídico de Diversidade Sexual e de Gênero. Chefe do Departamento de Direito do Trabalho e Introdução ao Estudo do Direito da UFMG. Contato: pedro-gravata@ufmg.br.

  • Marcelo Maciel Ramos, UFMG

    Doutor em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professor da Faculdade de Direito da UFMG. Professor visitante no departamento de Gênero, Sexualidade e Estudos Feministas da Duke University, nos Estados Unidos (2019-2020). Coordenador do Diverso UFMG – Núcleo Jurídico de Diversidade Sexual e de Gênero. Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFMG. Contato: mmramos@ufmg.br.

  • Bruna Salles Carneiro, UFMG

    Doutoranda e Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Minas Ge-rais - UFMG. Especialista em Direito do Trabalho e Previdenciário pela PUC Minas. Graduada em Direito pela UFMG. Extensionista do Diverso UFMG. Pesquisadora do Grupo Trabalho e Resistências da UFMG. Advogada trabalhista. Contato: brunasallescarneiro@gmail.com

  • Henrique Figueiredo de Lima, UFMG
    Doutorando em Direito pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da UFMG. Mestre em Direito pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da UFRJ. Bacharel em Direito pela Faculdade Nacional de Direito da UFRJ. Integrante do grupo de extensão Diverso UFMG. Integrante do grupo de pesquisa Trabalho e Resistências. Contato: henriquefiglima@gmail.com.      

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Publicado

2024-05-22