Autores
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Flavia Virginio
Grupo de Pesquisa em Entomologia Médica, Laboratório de Coleções Zoológicas, Instituto/Fundação Butantan.
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Lana Resende de Almeida
Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência
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Gabrielle Ribeiro de Andrade
Laboratório de Coleções Zoológicas, Instituto Butantan
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Olívia Gabriela dos Santos Araújo
Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência
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Murilo Medeiros Carvalho
Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência
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Fernanda Dias-Silva
Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência
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Luísa Diele-Viegas
Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência
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Cíntia Gomes de Freitas
Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência
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Eli Campos de Oliveira
Laboratório de Coleções Zoológicas, Instituto Butantan
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Daniela Pareja-Mejía
Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência.
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Victória Santana Santos Praseres
Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência
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Pamela Cristina Santana
Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência
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Veronica Slobodian
Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência.
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Maya Eliz Sousa
Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência
Resumo
A ciência é uma das grandes responsáveis pela experimentação dos principais avanços científicos e tecnológicos que conhecemos hoje. Porém, apesar da amplitude de conhecimentos gerados e sustentados pelo processo científico, esta é uma atividade realizada por pessoas e portanto, submetida à construções sociais e culturais como em qualquer outra área. Portanto, a ciência não está livre de conflitos de valores e disputa de interesses. Através dos séculos, as mulheres sofrem com diversas pressões do patriarcado cis-sexista, adicionando as camadas opressoras de sexo e gênero. Os brancos oprimem os negres, formando a camada de cor, raça. Os cisgêneros e heteronormativos oprimem a grande diversidade de existência humana quanto à identidade de gênero e sexualidade. A inclusão da diversidade de histórias de vida na Ciência é extremamente benéfica ao próprio processo de desenvolvimento científico, já que traz diversidade de pensamento e isso, por sua vez, gera inovação - mola propulsora do desenvolvimento do conhecimento. Neste contexto, a presente revisão narrativa teve como objetivo discorrer sobre a inserção e permanência de mulheres cis e trans na Ciência, a maternidade e os impasses na carreira científica das mulheres, progressão de cargo e liderança na Ciência, assédio moral e sexual na ciência, apagamento de mulheres na Ciência, e finalizamos discutindo sobre o que fazer para reverter o atual quadro da representatividade das mulheres na Ciência. Sabe-se que uma sociedade que abraça sua diversidade será uma sociedade mais igualitária e justa, onde um menino poderá se sentir à vontade em assumir um papel de um cuidador sensível e uma menina não terá medo de ser assertiva e assumir uma posição de liderança sem serem colocados em caixinhas estereotipadas e muitas vezes ofensivas. Somente preservando a diversidade e incluindo-a em suas diversas esferas, principalmente na ciência, a sociedade irá evoluir para um modelo mais harmônico e saudável. Mas especificamente, a Ciência precisa ouvir as múltiplas vozes que são sistematicamente silenciadas para que os grandes problemas da humanidade sejam mais facilmente solucionados. Sempre existirão aquelas fagulhas, que não deixam o fogo se apagar, mesmo quando ele está quase se findando. Estas fagulhas somos nós, mulheres cis e trans e homem trans feministas que insistem em lutar por direitos iguais (e não por uma supremacia feminina) e por mais cargos de liderança sendo ocupados por mulheres, especialmente nas áreas científicas.
Biografia do Autor
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Flavia Virginio, Grupo de Pesquisa em Entomologia Médica, Laboratório de Coleções Zoológicas, Instituto/Fundação Butantan.
Outras afiliações:
Women in Global Health, Capítulo Brasileiro (Comitê Executivo)
Women in Science for the Developing World (Comitê Executivo)
International Society for Biocuration (Comitê de Equidade, Diversidade e Inclusão)
Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência
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Lana Resende de Almeida, Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência
Laboratório de Estudos Planctônicos e Divulgação Científica
Programa de Pós-graduação em Ciências e Tecnologias Ambientais (PPGCTA)
Universidade Federal do Sul da Bahia/Instituto Federal da Bahia.
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Olívia Gabriela dos Santos Araújo, Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência
Departamento de Biodiversidade, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, São Paulo, Brasil.
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Murilo Medeiros Carvalho, Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência
Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências, Universidade Federal da Bahia.
Instituto Brasileiro de Transmasculinidades
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Fernanda Dias-Silva, Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência
Rede Mulheres na Zoologia.
Setor de Herpetologia, Departamento de Vertebrados, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
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Luísa Diele-Viegas, Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência
Rede Mulheres na Zoologia.
Laboratório de (Bio)Diversidade no Antropoceno, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia, Brasil
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Cíntia Gomes de Freitas, Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência
Pesquisadora (Pós-doutorado) no Departamento de Ecologia
Universidade Federal do Rio de Janeiro
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Daniela Pareja-Mejía, Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência.
Programa de Pós-graduação em Zoologia, Universidade Estadual de Santa Cruz.
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Victória Santana Santos Praseres, Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência
Graduanda, Instituto de Psicologia, Universidade Federal da Bahia.
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Pamela Cristina Santana, Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência
Pesquisadora de pós-doutorado no grupo SPACE (SPeciation, Adaptation, & Co-Evolution) na Universidade de Lund, na Suécia.
Unidade de Biodiversidade, Department de Biologia.
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Veronica Slobodian, Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência.
Rede Mulheres na Zoologia.
Laboratório de Ictiologia Sistemática, Departamento de Zoologia, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade de Brasília.
Rede Ictiomulheres.
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Maya Eliz Sousa, Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência
Rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência.
Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil.