Organização do trabalho e o estranhamento: revisão dos paradigmas e delineamento dos novos desafios

Autores

  • André Rodrigues Iusif Dainez
  • Valéria Rueda Elias Spers
  • Valdir Iusif Dainez
  • Graziela Oste Graziano Cremonezi

Palavras-chave:

Organização do Trabalho, Desemprego Estrutural, Estranhamento.

Resumo

Este artigo analisa de forma crítica os dois paradigmas dominantes na organização do trabalho: o taylorista/fordista e o toyotista ou ohnista, classificando-os como formas de aumentar a produtividade do trabalho, sem compromisso com a inclusão da classe trabalhadora no mercado de trabalho. Pelo contrário, a dinâmica do sistema, ao ser ditada pela necessidade constante de se expandir, impõe efeitos contraditórios entre as classes, marginalizando a parte da população que trabalha. Estas tendências, ao se objetivarem, aumentam a necessidade da ação coletiva dos trabalhadores, para tentar minimizar os prejuízos impostos por estes processos, ao mesmo tempo que tornam esta ação coletiva mais difícil de se objetivar.

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Publicado

2018-04-27