Reestruturação do campo e o fetichismo da “revolução verde”

Autores

  • Henrique Tahan Novaes Docente da FFC-UNESP Marília. Professor do Programa de Pós Graduação em Educação.

Resumo

Este artigo debate a reestruturação do campo e o fetichismo da “revolução verde”. Desde os anos 1960 está havendo uma ofensiva do capital no campo denominada pelos seus ideólogos de “revolução verde”. O mesmo fenômeno foi denominado por nós por  “economia política do golpe verde”. A “economia política do golpe verde” configura-se a) pelo novo ciclo de acumulação primitiva (roubo e grilagem de terras, assassinato de lideranças, roubo do conhecimento indígena); b) pela reestruturação produtiva do campo, que levou a concentração ou domínio da terra por corporações transnacionais; c) pelas fusões e aquisições no ramo das sementes e agrotóxicos, com domínio quase que completo da produção e distribuição das sementes e agrotóxicos por algumas grandes corporações dos países do Norte; d) por uma “revolução” biotecnológica (novos agrotóxicos e sementes transgênicas); e) na ausência de autonomia dos pequenos produtores, cada vez mais trabalhando para bancos e atrelados às corporações agroindustriais.

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Publicado

2017-12-21