As disputas trabalhistas na Argentina da pós-conversibilidade: uma análise à luz dos debates sobre a revitalização sindical

Autores

  • Lucila D'Urso Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET) Instituto de Investigaciones Gino Germani - Universidad de Buenos Aires (IIGG-UBA)

Resumo

Nos últimos anos, os debates sobre a revitalização sindical adquiriram relevância nos estudos sindicais latino-americanos. Na Argentina, as discussões se concentraram na investigação sobre as características que assumem o fortalecimento das organizações sindicais em um contexto individualizado pela reativação do conflito laboral e o incremento de negociações coletivas. Foram ressaltados dois diferentes argumentos: de um lado, aqueles que enxergam um processo de recomeço do protagonismo político das cúpulas sindicais vinculadas ao Estado e ao partido oficialista, e, pelo outro, aqueles que consideram que paralelamente a esse processo começaram a ressurgir novas comissões internas e grupos de delegados sindicais nos locais de trabalho, perspectiva que também mencionam outros estudos que focalizam o denominado “sindicalismo das bases”.

No marco desse debate, o presente texto analisa os conflitos laborais responsáveis pelas greves no setor privado argentino entre os anos 2006 e 2014, com o objetivo de avaliar o que representam os conflitos laborais na Argentina da pós-conversibilidade e qual é o seu significado como indicador de processos, tais como a revitalização sindical. Ao incluir a totalidade do setor privado, a pesquisa permite analisar a revitalização como tendência geral da dinâmica sindical argentina. Com relação à metodologia, foi utilizada a análise da base de dados e os relatórios elaborados pela Subsecretaria de Programação Técnica e Estudos Laborais (SSPTyEL) do Ministério do Trabalho, Emprego e Seguridade Social (MTEySS).

Biografia do Autor

  • Lucila D'Urso, Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET) Instituto de Investigaciones Gino Germani - Universidad de Buenos Aires (IIGG-UBA)
    Doutoranda em Ciências Sociais pela Universidad de Buenos Aires (UBA). Bolsista CONICET no Instituto de Investigaciones Gino Germani (IIGG). Professora de Sociologia do Trabalho na Facultad de Ciencias Sociais-UBA.

Publicado

2016-06-09